Muçulmanas de véu em cargos de liderança no Sistema OAB

Muçulmanas de véu

Representatividade de mulheres muçulmanas

Quando falamos em representatividade de mulheres muçulmanas ocupando espaços de liderança no sistema de justiça percebemos o quanto esse tema é relevante e pouco se fala sobre a mulher muçulmana que usa o véu, mas muitas pessoas desconhecem o real significado do uso do véu no Islam e a sua relevância para a mulher muçulmana e a construção da sua identidade.

Infelizmente muitas pessoas querem falar sobre o véu, contudo poucos são os que querem escutar a voz e opinião das mulheres que usam o véu. Dentro desse espectro a islamofobia é um desses silenciadores.

Por muito tempo o referencial de liberdade, sem a percepção da pluralidade feminina tem sido o real fator de opressões e o referencial de padrão de indivíduo perfeito sempre foi um padrão proveniente de uma visão eurocêntrica, sem considerar outros contextos do sul global.

O que culminou em uma história única, que toda muçulmana que usa o véu é oprimida, obrigada a usar o véu e portanto, necessita ser resgatada desta condição. Surgiu o estereótipo/objetivo de libertação das muçulmanas de véu, para se encaixar nesse modelo de “ideal”.

Nessa tentativa podemos citar a falta de oportunidade no mercado de trabalho para mulheres muçulmanas que carregam a sua identidade à primeira vista, e as mudanças realizadas por mulheres que para se adequarem no espaço social, acabam abrindo mão da sua religiosidade como forma de se inserir na visão eurocentrada.

O que é o hijab (O véu)?

O véu é uma prática religiosa no Islam, seu uso é obrigatório para a muçulmana, mas é uma escolha pessoal de cada mulher. Porém com a islamofobia e o discurso de ódio, torna-se cada vez mais difícil conviver e ter a sua fé respeitada.

Por isso a representatividade é tão importante, quando a Dra. Sálua e a Dra. Amar conquistaram esse espaço, foi uma vitória para todas as mulheres muçulmanas que usam o véu. Primeiro como um divisor de águas para que mais mulheres possam conquistar esse espaço e se fazerem ouvidas, e segundo pela renovação de esperanças na luta.

Seguimos juntas. Porque juntas somos mais fortes!

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